What you don't know you can feel it somehow

_Você tá sofrendo?
_Mas é claro que eu tô!
_Tanto quanto sofreu quando terminou o namoro com o primeiro namorado?
_Acho que não.... Certeza que não. Ele não entra no TOP 5 fossas.
_Então você nem gostava tando dele assim. O seu nível de sofrimento é determinado pelo primeiro namorado. Não foi ele a grande fossa da sua vida?
_É claro que gostava! E ainda gosto! A diferença é bem simples... É o jeito como terminou. Com ele foi bizarro e errado, mas foi mais fácil. O primeiro namorado me deixou numa pior. Agora eu já tava, ele só aumentou um pouco o drama.
_Ah, não é verdade. Você sabe que não é. Se você não tá sofrendo tanto quanto foi da primeira vez, então não deveria estar sofrendo mais.
_Cara, não tenta medir. EU SEI QUE É. Eu sou a pessoa paranóica que faz listas, pensa em coisas e tenta comparar TUDO pra ver se tem o mesmo valor. Você me conhece. Sabe que é assim.
_E com ele tá sendo pior?
_Não. Com ele é mais fácil. Porque foi rápido, foi breve, foi mais uma das coisas que acabou porque as coisas abacabam, porque karma is a bitch e se as coisas podem dar errado, elas irão.
_Então acabou por...?
_Porque deu merda, ué. Porque até a reação dele, ao terminar tudo, eu não tenho certeza se posso julgar muito porque não sei se faria igual no lugar dele. A gente, se bobear, é até meio parecido.
_Dois babacas?
_Tipo isso.

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A Natália fez um comentário no post sobre o cara que fez merda (perdão, cara, se um dia você chegar nesse blog e ler e se identificar. Eu poderia te dar outros milhares de apelidos melhores, eu te dei milhares de apelidos melhores, mas para fins didáticos você é o cara que fez merda) e eu vou copiar e colar aqui porque bicho, a Natália poderia ser qualquer um dos meus amigos que soube sobre essa história. De fato, eu copiei e colei o comentário no email que troco com eles diariamente e recebi emojis de palmas na resposta. Vindo dos meus amigos isso foi um discurso eloquente de aceitação. Sério. Vejam uma síntese do comentário:

"Já pode ser classificado como babaca, sem pensar duas vezes.
Ok que não deve ser a coisa mais legal do mundo você cagar o primeiro encontro (trocadilhos com merda, aí vamos nós) mas não é nada demais, sério. (...) enfim, muito babaca. Ele podia ter só feito piada com a situação. Podia pelo menos ter agradecido os parabéns."


Aí o Felipe e a Nati fizeram mais a linha "CALMA, FALA COM O CARA E DÁ UM FIM DECENTE PRA ISSO" que fazem mais a minha linha quando eu gosto das pessoas e quero que tudo dê certo, mesmo quando não dão mais. Eu sou o tipo de gente que quer fins, que não aguenta mais fantasmas e histórias bizarras assombrando as coisas. Nem só de romances, mas de tudo. Eu tenho duas amizades que ficaram pelo caminho e eu sinceramente nem sei o porquê, de modos que eu deveria pelo menos procurar pra dar um encerramento, né? Tipo fantasma com assuntos inacabados e tal. Eu deveria mesmo. Eu SEI que deveria. Não pelos outros, mas POR MIM. Pra EU ficar livre dessas bostas, porque é muito horrível ficar martelando as coisas e pensando no que deu errado e como deu errado. Eu deveria. E se bobear ainda vou tentar resolver pelo menos uma dessas coisas até o fim desse ano. Porque sim. 


Não disse qual das histórias, porém.


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A Tati escreveu um texto (uma coleçãozinha, na real) sobre um lance dela que eu errado e eu tava lendo antes de vir pra cá e me identifiquei TANTO, mas TANTO, mas TANTO e quis tanto dar um abraço virtual nela porque eu sei exatamente o que ela tá sentindo (sinta-se abraçada, Tati. Espero que minhas vibrações positivas cheguem até você quando você ler isso, com certeza eu estou mandando algumas) que eu meio que me despedacei um pouquinho pensando nesses lances todos que poderiam ter sido e não foram do jeito que eu espero. E de como é foda não ter o controle das coisas mesmo quando a gente quer - PRINCIPALMENTE QUANDO A GENTE QUER.

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Sexta feira fui com minha mãe ao centro espírita que ela e meu pai frequentam porque ela tava me pedindo há tanto tempo e eu quis agradar. Fui. Fomos. Eu confesso que tava ali só pela companhia e pelo Burger que ia comer na saída, mas.... ALGUMA COISA aconteceu ali.
Não, eu não tive UMA REVELAÇÃO SUBITA e não, não vou virar monja e abandonar o sexo e os relacionamentos como um todo. Nada disso.
Mas rolou um lance bizarro porque eu tenho pensado muito sobre amor e relacionamentos (não apenas românticos) como um todo esses dias e o tema da palestra era "A indissolubilidade do casamento" e.... Cara, devo dizer que isso ME PEGOU DE JEITO feito uma voadora do Lindomar, o subzero brasileiro.


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Ano passado eu pensei em fazer um lance DIFERENTE pro meu aniversário e ele não seguiu por vários motivos: Vergonha, preguiça, medo de flopar e um monte de outros motivos babacas e egoístas que me envergonham mais do que a vergonha que senti de propor o lance ano passado.
Esse ano A COISA VAI e eu já posso dizer que me senti um pouco inspirada pelo Felipe. Amanhã, 20 de novembro, vai faltar exatamente um mês pro meu aniversário e eu tô bolando um lance pra divulgar direitinho, eu explico pra vocês. Me aguardem.

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O lance da "Insolubilidade do casamento" me pegou TÃO DE JEITO que eu vim aqui pra escrever sobre isso, mas acabei fazendo um link com uma conversa entre o Pirituba e eu sobre o cara-que-fez-merda, essa coisa de ENCERRAMENTOS, o texto da Tati, as ideias que o Felipe sempre dão no blog dele e o que a gente pode fazer pras coisas darem certo. Ou menos errado, sei lá. Eu sinceramente tô escrevendo num impulso e só dando as ideias iniciais de coisas que vou escrever e trabalhar mais nos próximos dias. 

Vocês podem esperar muita filosofia barata, muitos pitacos sobre o amor (não apenas romântico) e coisas que a gente quer e não pode fazer, mas deve. Eu não prometo pra amanhã, mas EM BREVE.


Enfim.... SABADÃO. Eu só vim pra escrever mesmo e tirar essa NHAAAACA de mim. Amanhã volto. Aguardem.

Comentários

Tati disse…
Uma vez li em uma newsletter sobre como nós sofremos mais na primeira decepção amorosa do que nas outras, e lendo seu post percebi que na verdade concordo com o meio termo, na real não é que a gente sofra menos, é que a gente sufoca mais o sentimento né? A primeira vez é sempre aquela coisa do EU VOU ME MATAAAAAAAAAAAAAAR, e choros incontroláveis em todos os locais possíveis, mas até então não tem nenhum medidor de sofrência né? Nos próximos a gente simplesmente aprende a guardar pra si, o que acaba sendo BEM pior, pois mais desgraçamentos mentais não é mesmo?
E AAAAAAAAAAAAAH VOCÊ LÊ MEU BLOOOOOOOG *ataque fangirl*
Os abraços e energias foram recebidos <3 (apesar de eu ter visto o maldito hoje) (justo antes de um vestibular) (e ele me ignorou total) (na nossa última conversa ganhei até boa noite e perguntas sobre minha vida) (agora me trata assim) (exausta de gente doida)
E aguardando as filosofias baratas pois: praticante e admiradora assídua

(P.s: Você é uma ~pessoa virtual~ muito amorzinho, sério <3)