When the days they seem to fall through you just let them go

a.k.a "Ah, bicho, tá foda pra caralho e eu preferiria sinceramente fingir que nada tá acontecendo - mas infelizmente não tá rolando fazer a dissimulada, então a outra opção é ser corajosa"

Andy Bellefleur, de True Blood, foi um bostão em 99% da série... Mas AQUELE 1% valeu a pena (ê ê).

Quando eu comecei a fazer terapia, há muito tempo atrás, uma das minhas principais "metas" era aprender a demonstrar mais o que eu sinto e não ser tão durona escondendo as coisas por medo de magoar os outros ou me magoar por não ser correspondida. O que eu precisava aprender (e ainda preciso) é que meus sentimentos são meus e eu vou tê-los independentemente do que os outros vierem a fazer, então a melhor coisa que eu posso fazer é expressá-los pra não ter que viver com uma carga dobrada (sentir e não demonstrar). Parece óbvio e fácil, mas não é. Nunca foi e eu acho que talvez nunca venha a ser uma coisa que eu consiga fazer sem me pelar de medo antes, ou levantar um mol de desconfiança dos outros depois. Paciência.

Dito isso... Tem sido muito difícil viver na minha cabeça esses dias. Muito. Mais do que o normal. Nessas últimas duas semanas não teve UM ÚNICO DIA que não rolou uma babaquice gigantesca na minha vida, em todos os aspectos dela: Acadêmico, profissional, familiar, politico (sinceramente eu não quero falar disso porque tô puta além do que seria aceitável, num nível que é ATÉ BOM que eu não mostre meus sentimentos e não execute nenhuma ação que eu planejei na minha cabeça. Sério.) amoroso e até no meio dos amigos, que estava sendo o meu refúgio pro tsunami de cocô que minha vida se tornou. Em 04 de setembro de 2016, dia em que escrevo este post, não existe NENHUM campo que eu olhe agora e pense "hmmm... Aqui tá agradável! Dá pra eu me esconder aqui até tudo passar". Nenhum.

Então, ao invés de me afogar num poço de azedume, de auto-ironia e de niilismo eu decidi levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima e botar em prática aquela historinha que diz que a gente tem que ter serenidade pra aceitar o que não dá pra mudar, coragem para mudar o que a gente pode e e sabedoria para conseguir saber qual situação é cada uma. Foi uma semana bem louca essa que passou, porque eu me dediquei um bocado em separar as coisas.

A coisa política não dá pra mudar, a parte profissional muito menos (não por enquanto), a coisa familiar eu consigo em partes e aí restaram as partes acadêmica, amorosa e fraterna (é assim que a gente fala dos amigos?) que eu consigo virar desde que tenha - isso mesmo - coragem pra PRINCIPALMENTE demonstrar o que eu sinto e quero.

Tá sendo um caminho complicado, mas eu me fodi o suficiente pra poder tirar algumas lições de algumas coisas. Vamos acompanhar.



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Ahhhh... E eu preciso dizer uma coisinha meio aleatória: Todo comentário que eu recebo aqui dizendo que vocês conseguem se identificar com o que eu escrevo e gostam do jeito que eu faço rola um misto de sentimentos bem daora aqui: Ao mesmo tempo que isso infla o meu ego e me deixa feliz pra caramba - já que eu NÃO divulgo o blog porque sou insegura pra caramba sobre o meu jeito de escrever e eu não faço ideia de como vocês chegaram até aqui (aliás, COMO FOI QUE VOCÊS CHEGARAM AQUI? Por favor me contem, tô curiosa. Eu não sei responder os comentários, então não vou... Mas saibam que eu leio todos e guardo na pastinha "pra quando eu tiver vontade de apagar o blog e nunca mais escrever nada") - eu fico um pouco preocupada com essa certeza de que tá foda pra todo mundo e a babaquice tem se espalhado de um jeito que é FODA, bicho.

Comentários

Tati disse…
Li o post anterior a esse e queria poder encontrar um comentário bom pra ele, mas não quero ser o tipo de pessoa que diz "Eu te entendo" só por dizer, sabe? Então assim, não te entendo (sincera demais eu) porque nunca lidei com a perda absoluta que é a morte de uma forma tão próxima, mas creio que pelos traumas causados por acontecimentos antes desse final definitivo o "endeusamento" dos bons atos seja melhor até pra te ajudar a recuperar mais ainda de quem você era antes. (Desculpa se falei merda, é um ponto de vista que pode e deve ser ignorado caso necessário haha).
Comecei a fazer terapia esse ano e entre os motivos, um deles é esse mesmo o seu: demonstrar sentimentos. Tanto que tive que fazer aqueles malditos desenhos de casa e pessoas e árvores, fiz uma casa sem porta (não me pergunte como) e deu ali no meio de tudo que isso significava uma personalidade fechada, pensei CARAI IRMÃOZINHO QUEM É SIGNO PERTO DISSO? E agora tô nesse processo de demonstrar, que tem dado muito errado inclusive, mas forças pra nós duas, vamos conseguir de pouquinho em pouquinho.
E ah, eu conheci seu blog pelo Felipe, do Não Sei Lidar, se não me engano foi em um dia que ele estava falando sobre blogs pessoais no Twitter e linkou o seu como um dos preferidos dele, daí o nome me chamou a atenção e aqui estamos hehehe. Infelizmente a babaquice tá mesmo bem espalhada mundão a fora, mas é sempre bacana encontrar pessoas que enxergam as coisas erradas tudo e transformam isso em criação, então mesmo que você não se ache boa escrevendo, saiba que: É SIM!!!

Abraços quentinhos <3
Felipe Fagundes disse…
Eu adoro o seu jeito de escrever, por isso que volto sempre, sejam as histórias tristes ou engraçadas.

(Me sentindo super influencer com o comentário da Tati Hahahah Eu não tenho certeza em que blog foi, mas certamente foi no blogroll de alguém. É assim que descubro novos blogs pessoais para amar)